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Tirar Agripino da chapa foi vingança de Rosalba Ciarlini; Garibaldi nega. Segundo jornalista mossoroense, Bruno Barreto, retirar reeleição de senador foi imposição da prefeita de Mossoró para apoiar pré-candidatura de Carlos Eduardo Alves




ELEIÇÕES 2018
 
 Na avaliação do jornalista e blogueiro Bruno Barreto, chegou a hora de Rosalba escantear José Agripino

A decisão da chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), de retirar a possibilidade de reeleição do senador José Agripino (DEM) foi uma vingança da prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP). A análise é do jornalista e blogueiro mossoroense Bruno Barreto. O senador Garibaldi Alves Filho, companheiro e primo de Carlos Eduardo, nega a informação.

Para essa análise, Bruno Barreto relembra que há quatro anos, José Agripino, então presidente nacional e estadual do Democratas, partido que Rosalba era filiada, negou a legenda para que ela fosse candidata à reeleição. A ideia de Agripino era salvar a candidatura do filho, Felipe Maia, levando o DEM a apoiar a candidatura de Henrique Eduardo Alves (MDB), oposição da ex-governadora.

“Foi uma decisão pragmática de Agripino, que preferiu garantir as condições de reeleição do filho Felipe Maia e dos deputados estaduais do partido. Deu certo, mas quatro anos depois a fatura seria cobrada. Nos bastidores Rosalba jurou vingança. Carlos Augusto Rosado também. A lei do retorno veio com força e no momento certo para o casal rosalbista. O Blog do Barreto apurou junto a várias fontes em Natal que nas negociações com Carlos Eduardo Alves (PDT) foi oferecido a indicação do vice na chapa do pacto oligárquico. No entanto, Rosalba e Carlos Augusto quiseram mais: exigiram que Agripino fosse excluído da chapa majoritária”, relatou Barreto.

Segundo o jornalista mossoroense, depois daí, iniciou-se uma longa negociação que passou por um jogo de gato e rato em que a prefeita e o marido atuaram com maestria sugerindo em diversas ocasiões que poderia se entender com a senadora Fátima Bezerra (PT) ou com o governador Robinson Faria (PSD). A dupla deixou-se iludir atendendo as necessidades do rosalbismo, por meio de fotografias durante o Mossoró Cidade Junina. “Carlos Eduardo mordeu a isca porque colocou na cabeça que Henrique Alves perdeu as eleições em 2014 porque não tinha o apoio de Rosalba em Mossoró. Isso deu a prefeita de Mossoró as condições de impor exigências”, acrescentou Bruno Barreto.

“Por ironia, se Agripino tirou Rosalba do páreo há quatro anos para salvar o mandato de Felipe Maia. Desta vez, é Felipe quem ficará sem mandato de deputado federal por causa da exigência da agora prefeita. Pensar que há 12 anos Agripino exigiu desalojar Geraldo Melo da chapa de Garibaldi Filho para colocar Rosalba candidata ao Senado, condição que levou ela, após vencer uma eleição apertada em cima de Fernando Bezerra, a se viabilizar para ser eleita governadora em 2010. Só falta agora a ‘Rosa’ votar no ‘Tamborete’, o que não é de todo descartado, diga-se. Agripino colhe as consequências do que fez de bom e ruim para Rosalba no passado”, relatou Bruno Barreto.

OUTRO LADO

Apesar da avaliação do jornalista mossoroense, vista como certeira em muitos analistas do Estado, a história não foi bem assim, segundo o senador Garibaldi Alves Filho, que era aliado de Rosalba até 2014 e, agora, teria sido um dos articuladores da aproximação dela com Carlos Eduardo (que era opositor naquela ocasião). “Não, não, não. Absolutamente não. Não se passou nada disso”, afirmou Garibaldi, quando questionado sobre o assunto, na reunião que confirmou a posição do deputado federal Antônio Jácome como pré-candidato ao Senado, no lugar de Agripino.

 (Ciro Marques/AgoraRN)