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Diabéticos estão sem receber insulinas pela rede pública de saúde há mais de 4 meses em Natal. Pacientes precisam comprar medicações do tipo lantus e humalog e chegam a gastar mais de R$ 400 por mês.


SAÚDE
 Centro Integrado de Serviços em Saúde Unidade Pescadores, em Natal (Foto: Lucas Cortez/G1 )
 Centro Integrado de Serviços em Saúde Unidade Pescadores, em Natal (Foto: Lucas Cortez/G1 ) 
 Insulinas compradas por Maria de Fátima para a sua filha de 8 anos  (Foto: Maria de Fátima)
 Insulinas compradas por Maria de Fátima para a sua filha de 8 anos (Foto: Maria de Fátima)

Pacientes que tratam a diabetes em Natal pela rede pública estão sofrendo com a falta de medicamentos. Algumas pessoas estão há mais de quatro meses sem receber a insulina apropriada para tratar a doença. Ao todo, 1.015 diabéticos fazem tratamento e recebem os remédios no Centro Integrado de Serviços em Saúde Unidade Pescadores, na Ribeira. 

De acordo com o famacêutico Antônio Marcos, coordenador do Prosus, setor específico desta distribuição na Secretaria de Saúde de Natal, estão em falta dois tipos de insulinas, a lantus e a humalog. Ele conta que 357 pacientes fazem uso exclusivamente da lantus. 

"Esse número corresponde aos pacientes cadastrados pelo serviço social. Além deles, tem as pessoas que buscam as medicações pela Justiça", explica o farmacêutico. 

"Desde abril eu não recebo lantus e humalog, aí tenho que comprar nas farmácias", conta Dalvanir Maria dos Santos, de 63 anos. Ela foi diagnosticada com diabetes há 8 anos e faz o tratamento com insulinas há 7. A paciente gasta uma média de R$ 440 por mês com as duas medicações. 

Outra paciente que está sendo prejudicada com a falta das insulinas é Maria Clara Cruz, de 8 anos. Ela também faz uso das mesmas medicações que Dalvanir dos Santos, mas está substituindo a lantus por novo rápido, um outro tipo de insulina, com efeito menos eficaz para o seu corpo. 

"Mas é o jeito. Gasto mais de R$ 150 com a lantus todo mês. Também tenho que comprar as agulhas e todo o material que precisa para ela e que falta no município", relata a mãe da menina, Maria de Fátima. 


A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que expectativa é de que até a sexta-feira (10), as insulinas do tipo alantus cheguem e estejam a disposição dos pacientes. A SMS também disse que a responsabilidade de comprar a insulina do tipo humalog agora é do Estado. 

 Por outro lado, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) afirmou que a insulina humalog não faz parte do programa de medicamentos especiais distribuídos pela Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). 

(Por G1 RN)