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Violência que Bolsonaro verbaliza me causa medo’, afirma Haddad. Em entrevista ao SBT, candidato do PT disse ainda que acha 'correto' reconhecer erros do PT e cita falta de 'controle' nas estatais




ELEIÇÕES 2018

Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência da República, concede entrevista para o SBT - 17/10/2018 (SBT/Reprodução)

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 17, em entrevista ao SBT, que as posições de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), lhe causam “medo”. O petista deu a declaração ao explicar a busca, no segundo turno, por uma frente composta por “pessoas que representam a esperança” contra a candidatura de Bolsonaro, que já se mostrou um admirador da ditadura militar e de torturadores.

“Tenho um adversário que representa forças que me causam medo, a violência que ele verbaliza me causa medo, a mim, nos meus filhos, na minha família. Quero reunir as pessoas que representam a esperança”, disse Haddad.

Questionado sobre a declaração do senador eleito pelo Ceará Cid Gomes (PDT) de que o PT deveria fazer um mea-culpa e pedir desculpas pelas “besteiras” que fez, Haddad voltou a dizer que o pedetista fez o desabafo “no calor de uma discussão, um bate-boca” e citou o vídeo em que Cid ressalta ser seu eleitor.

“Eu acho correto que a gente reconheça erros, não vejo nenhum problema nisso. Eu já disse que os controles que criamos para controlar os ministérios deveriam ter sido usados também nas estatais”, afirmou Fernando Haddad.

Questionado sobre a declaração do senador eleito pelo Ceará Cid Gomes (PDT) de que o PT deveria fazer um mea-culpa e pedir desculpas pelas “besteiras” que fez, Haddad voltou a dizer que o pedetista fez o desabafo “no calor de uma discussão, um bate-boca” e citou o vídeo em que Cid ressalta ser seu eleitor.

“Eu acho correto que a gente reconheça erros, não vejo nenhum problema nisso. Eu já disse que os controles que criamos para controlar os ministérios deveriam ter sido usados também nas estatais”, afirmou Fernando Haddad.

Indagado sobre o esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, o presidenciável falou em reconhecer este tipo de erro apenas após condenações em última instância, “porque todo brasileiro tem direito de recorrer de uma decisão que considera injusta”.

Haddad disse ainda que o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, “em geral fez um bom trabalho”. Ele criticou, no entanto, a sentença que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP) e a liberdade a delatores.

“Acho que em geral ele ajudou. Em relação à sentença do Lula tem um erro que será corrigido pelos tribunais superiores, ele não apresentou provas contra o presidente. Mas em geral acho que o Sergio Moro fez um bom trabalho, embora eu ache que ele tenha soltado muito precocemente os empresários e liberado dinheiro roubado para esses empresários usufruírem a vida. No geral o saldo é positivo, mas há reparos a fazer”, declarou.

Entre erros cometidos em governos petistas, Fernando Haddad citou as desonerações a empresas nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff e prometeu que “eliminará” as isenções fiscais “para equilibrar as contas públicas e retomar aquilo que deu certo até 2012”.

Sobre as visitas que fez ao ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e ao filósofo Mário Sérgio Cortella, Haddad afirmou que foi “ouvi-los”, mas não os convidou para ocupar ministérios em um possível governo seu. Na segunda-feira 15, o presidenciável havia publicado no Twitter que diz há muito tempo a Cortella que ele “deveria pensar em ocupar o Ministério da Educação”.

(Veja.com.br)